quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Dois dedos de prosa


NA SEARA DO CAPITÃO CAVERNA
Genildo Costa, Cantor e compositor

Um preito de gratidão....!

Não fui muito feliz quando inventei de inventar de ser devoto daqueles que conseguem tocar a vida escrevendo em versos a lida diária. Devo dizer que foi muito prazeroso para mim a oportunidade de estar tão próximo de quem acredita que a vida só é possível quando reinventada. Assim nos ensinou Cecília Meirelles. Poetisa e,acima de tudo, operária da palavra e da arte de escrever. Permaneço atento. Sempre atento e dando conta de minhas limitações. Aqui, acolá apresento sinais de maturidade por esses momentos vividos. Costumo, às vezes, até dá explicações para não ser tão inconsequente e besta.
Até que gostaria de me ver melhor quanto ao trato com a palavra, que agora mesmo se fez sentimento. Que bom seria. O que não consigo é justamente sacrificar os versos que a mim são remetidos, vez em quando. Que seja assim, até enquanto durar a nossa eterna convicção de sempre acreditar na beleza do canto que virá porque o instante existe. Não sei se alegre ou triste, só sei dizer desses raros momentos que nos faz cada vez mais rejuvenescidos. Feliz e cumpridor do dever de deixar, quando possível, muito pouco para uma geração que só estar ensaiando os primeiros passos. Muito embora tenha que sacrificar o sossego da mais singular e sincera amizade.
É como se tudo fosse passagem. E que nessa passagem, é bem provável que não haja tempo  para se completar o mais recente estágio de pulsação de nossas vidas. Apreensivo e calado começo a entender que o ofício de lapidar a pedra bruta haverá de ser sempre compromisso de alguns poucos chamados para encantar-se coletivamente. Olhar-se como o outro que é sempre, minuto a minuto, tocado pelo sentimento de saber onde quer chegar, pois a estrada é longa e o tempo parceiro de todos nós.
Não diria de léguas tiranas. Faria outra vez, e percorreria sem medo o breu de nossos caminhos. Só lamentaria, se tivesse que protocolar tudo que foi dito em meio ao silêncio que possibilitou definir o poeta como aquele que pede tão pouco para evitar sofrer excessivamente.
Claro, que sofremos e fizemos por merecer. Já fez alguns janeiros que o livro da sabedoria popular nos deixou o legado de que primeiro se deve viver que é pra depois poetar. Mais que  isso é conseguir domar a inquietação de quem pouco tem folheado as páginas de nossa literatura brasileira. Se fazer
Literato não deve ser apenas a reprodução na sua completude. Compreendo sim, mas o poder da retórica quero sempre que esteja por  perto como ferramenta de fundamental importância para quem na sua peregrinação deixa saudades e lembranças.
O que fica para os arquivos de nossa memória é, sem dúvida, alguns fragmentos desse aprendizado que ora se converte em páginas de meu diário. E que nunca possa anunciar palavras de despedidas quando há tempo esqueci de morrer porque todos os dias eu morro de saudades......!!!!





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