sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Soneto

Teu olhar
Moacyr Costa Ferreira

Querida, quando os teus olhares magos,
No abismo do meu ser com ardor tu lanças,
Qual líquido que sorvo em poucos tragos,
Faz-me a noite luzes e bonanças...

Os teus divinos olhos são dois lagos,
Onde navegam minhas esperanças...
Espelham meus desejos, meus afagos,
E os momentos de fúlgidas lembranças.

Teu olhar é-me o facho da existência,
Que, risonho, me dá brilho e cadência,
Nas calmas horas deste meu sonhar.

Ao sentir-me ante o teu olhar profundo,
Esqueço-me de tudo que há no mundo,
Pois vejo a vida no teu doce olhar!

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