quarta-feira, 18 de abril de 2012

Artigo

Faltou o Rinha
Marcos Bezerra, do Novo Jornal

O meu Caicó, que tanto apanhou quanto deram nele no Estadual, foi rebaixado para a segunda divisão potiguar. Quem também devia ser rebaixado para a segunda divisão da Libertadores, caso ela existisse, era o Flamengo, pela desclassificação em um dos grupos mais perebas da competição. Mas, confesso, gostei da dose de adrenalina na noite de quinta. 
Tratamos de torcer aqui mesmo na redação. Flamengo 1 a 0 em cima do Lanús, da Argentina. E o jogo lá no Paraguai, ainda no 0 a 0. Eu e Rafael, otimistas soldados rubro-negros em meio a tantos anti-flamenguistas - é duro ser torcedor do clube de maior torcida no Brasil porque as minorias se juntam para torcer contra. Fizemos o segundo e já estava de bom tamanho. Aí, vai que o Olímpia faz um gol. Decretei o fim das chances, afinal o Emelec não teria time para ir para cima. Virei equatoriano desde menininho e passei a reclamar da cera dos jogadores paraguaios no início do segundo tempo. 
O Flamengo absoluto em campo e a esperança renovada com o empate do Emelec. A improvável classificação ainda era possível. Aí o Emelec vira o jogo e os flamenguistas viram Olímpia desde menininhos. E não é que os paraguaios foram lá e empataram o jogo. Vibramos, eu e Rafael Duarte, na redação, e 34.999.998 milhões de rubro-negros no resto do Brasil. Rafa, mais fanático que eu, correu para o abraço, afinal, aos 46 não havia tempo para mais nada... Ou quase. Diabo, pra que esses caras foram ceder um escanteio? Pensei e lamentei o terceiro gol do Emelec e a nossa desclassificação. 
Ainda apareceu quem dissesse que o time tinha feito a sua parte. Vão catar coco, os jogadores e a diretoria! Eles têm mais a perder que nós, torcedores, muito embora não levem isso em conta. Alguns torcedores também não e sofrem além da conta. Lamento apenas termos sido desclassificados quando finalmente o Gaúcho (mais de R$ 1 mi por mês) resolveu jogar bola. Por que não fez isso antes? 
Não fez e viramos motivo de gozação; montagens pululam na internet. Vamos ter que nos contentar com Tufão na sua Avenida Brasil. “Pode chiare, pode frescare, pode mangare”, bem dizia o vascaíno Zenóbio Oliveira em um de seus muitos causos. Não me incomodo e ainda acho que faltou uma: lembram daquele gandula que impediu um gol do Sergipe no seu Guarany de Porto de Folha? Pois bem, Givanilson dos Santos Alves, conhecido como Rinha, tem o Flamengo como uma das paixões de sua vida. Faltou Rinha debaixo da trave do Olímpia, no mesmíssimo canto esquerdo. Só ele para impedir, com sua paixão e reflexos rápidos, o gol do zagueiro equatoriano Luis Quiñonez. Falta só quem faça a montagem, na internet, do “corpo estranho” e rubro-negro em campo.

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