quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Artigo

Comunicação em rede
Zenóbio Oliveira
                                                                                            

Do grito primitivo ao bit contemporâneo, a comunicação percorreu a história da civilização como protagonista substancial de sua própria evolução. Derrubou fronteiras econômicas e socioculturais num processo de estreitamento universal capaz de integralizar todas as qualidades e defeitos humanos, evolvendo para velocidades de transmissão de dados cada vez maiores e mais inimagináveis.
O advento das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC’s), no bojo da chamada Terceira Revolução Industrial, rompeu o curso vertical da Comunicação, comum no Rádio e na Televisão, criando os recursos necessários para o compartilhamento da informação e promovendo uma interação entre os povos, jamais vista, capaz de conceber uma nova cultura, fundamentada na prática dessa sociedade da informação.
A aculturação nesse novo sistema informativo é inevitável. O contato entre tradições, costumes, crenças, valores e preceitos, como choque de contrários, apresenta alguns casos de xenofobia e, embora não garanta sua unificação, traz em sua síntese a criação gradual de uma nova simbolozição coletiva, numa espécie de dialética cultural.  A graduação se explica pela falta de políticas de inclusão digital, o que retarda o processo. Mas isso é proposital, porque pelos objetivos de sua criação, as NTIC’s se caracterizam como um tiro que saiu pela culatra.
A comunicação em rede rasga o filtro ideológico do poder, demove o controle da informação, anarquiza seu curso unidirecional premeditado para democratizá-la. Essa pluralidade de idéias, ideologias e idiossincrasias nesse campo de virtualização da realidade, em sua plenitude, reúne todas as potencialidades para a efetivação da verdadeira liberdade de expressão.


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