quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Filosofia

A dialética de Hegel



A dialética de Hegel era a do idealismo – doutrina filosófica de negação da realidade individual das coisas diferentes do “eu” que só lhes admitia a idéia. Hegel idealizou uma evolução na lógica. Reouve o termo “dialética” (que para os gregos antigos significava a arte do discurso e da contradição) e a ela introduziu seu método de pensamento.

O método de Hegel consistia no seguinte: Todo conceito tem seu contrário, isto é, toda afirmação pode ser negada. Para ele, o desenvolvimento das coisas e das idéias é o surgimento das forças negativas, ou seja, da contradição. Aliás, a contradição para Hegel, era a fonte de toda a vida.



A dialética hegeliana pode ser assim sistematizada:

Uma proposição – TESE

A negação – ANTÍTESE

A negação da negação – SÍNTESE – que seria sua evolução.



Exemplificando:

Um ovo – coisa positiva – contém um germe que se desenvolve aos poucos e devora o conteúdo do ovo – NEGAÇÃO – que não é simplesmente uma destruição, porque produz o desenvolvimento do germe, transformando-o em um ser vivo. Ao fim desta negação, o pinto, que se formou no interior do ovo, rompe a casca. Aí temos a negação da negação, ou seja, a síntese. Houve uma evolução, porque, do ponto de vista orgânico, o pinto é superior ao ovo.

Vale salientar que Hegel era idealista. Para ele, a idéia, o espiritual, o absoluto, o divino, desempenhavam o papel e a força primária, que se move por si mesma e que movimenta todo o universo. O universo seria apenas o envoltório exterior desta força que, de etapa em etapa, se eleva a um nível cada vez mais alto até que, no homem, ela se transforma em divindade. Segundo Hegel, diferentes períodos históricos são fases sucessivas de um processo de desenvolvimento do espírito absoluto, da etapa da idéia até à de divindade. Desse modo, seria possível falar de providência divina na História. Em outras palavras: o próprio Deus seria um futuro que no homem alcançaria sua mais elevada forma.



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